Nossa história
A Assembleia de Deus tem sua gênese com a chegada de um sargento do exército brasileiro, chamado Ormínio, oriundo desta igreja no Estado do Pará. Em 1927 ele foi o primeiro pregador pentecostal em terras sergipanas. Conforme a revista Jubileu de Ouro da Assembleia de Deus no Estado de Sergipe (1982), o militar iniciou um trabalho evangelístico e logo conseguiu agregar mais pessoas à sua fé, contudo, o fato dele não ser um obreiro, o impossibilitava realizar batismos nas águas. Em sua missão fez contato com a igreja de Maceió/AL, e de lá, enviaram o Pr. João Pedro da Silva, o qual realizou vários batismos. Tempo depois, o obreiro regressa a Alagoas e por isso o trabalho em Sergipe não alcançou, naquele momento, o êxito esperado.
Poucos anos mais tarde, em 1932, a convite dos fiéis locais para uma visita a cidade de Aracaju, o missionário Otto Nelson (residente da cidade Salvador) batizou seis novos membros e ainda oficializou a igreja na capital sergipana, no dia 18 de fevereiro de 1932. A partir de então deu início ao trabalho coletivamente com seis irmãos que haviam sido batizados e com mais cinco irmãos que se desligaram da igreja Batista, pois criam no batismo do Espírito Santo (doutrina primordial para fé pentecostal). Neste mesmo dia foi celebrada a primeira Santa Ceia do Senhor – uma ordenança bíblica para os cristãos.
A igreja de Aracaju, naquelas circunstâncias, achou cabível ficar sob a jurisdição eclesiástica de Salvador e assim permaneceu até 1949, ano em que a convenção nacional decretou a autonomia da igreja em Sergipe.
A Assembleia de Deus em Aracaju realizou seus primeiros cultos na Avenida Maranhão, número 343, onde também foi instalada sua sede. Em 1935, transferiu-se para a Rua Bahia, número 836, sob a direção do Pr. Jorge Monteiro da Silva.
A partir de 1955 até 1979, foram construídos mais nove templos na capital, situados nos bairros: Santo Antônio, América, Lamarão, Santos Dumont, Jardim Centenário, Atalaia, Ponto Novo e 18 do Forte. Neste mesmo período, foram também construídos templos em algumas regiões do interior, a exemplo dos municípios de Maruim e Carmópolis (Pr. Euclides Arlindo Silva), Propriá (Pr. João Jaime Mota), Brejo Grande (Pr. Antônio Fernandes Neto), Ilha das Flores (Pr. José Agripino dos Santos), Neópolis (Pr. Jorge José dos Santos), Monte Alegre (Pr. Manoel Avelino de Lima), Nova Vida, Nossa Senhora das Dores (Pr. Antônio José dos Santos), Santa Rosa de Lima (Pr. José Calixto Franco), Malhador (Pr. Antônio Rodrigues Lima), Ribeirópolis (Pr. Manoel Oliveira dos Santos), Itabaiana (Pr. Álvaro Marques Correa), Carira, Campo do Brito, Mariquita e Lagarto (Pr. Aniator Nery dos Santos).
Mas, nem tudo são flores. Entre os anos de 1945 e 1946 com a chegada do evangelho em Escurial (hoje, município de Nossa Senhora de Lourdes) houve intensa perseguição. A despeito de ameaças e insultos estarem presentes no processo de estabelecimento dessas igrejas, em Escurial, os protestantes ou “os crentes”, como eram chamados, foram presos na delegacia local. Os religiosos protestantes sofreram agressões físicas e há relatos de senhoras evangélicas obrigadas a varrer o templo católico em sinal de humilhação.
Adaptação. Ermerson Porto – Café com notícia CINFORME
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